A. Sibertin-Blanc
Biografia
(1930-2012)
Antoine Sibertin-Blanc  nasceu em Paris e foi um músico de muitos méritos. Organista, professor, compositor, Sibertin-Blanc teve uma vida inteiramente dedicada à música.Teve como professores alguns dos mais renomados mestres franceses, entre os quais o grande organista Édouard Souberbielle (1899-1986), Maurice Duruflé (Harmonia Superior), Guy de Lioncourt (Composição Superior), Jean de Valois (Canto Gregoriano).Em 1955 deu início à brilhante carreira de organista que o levaria a muitos países europeus. Foi organista titular de importantes igrejas na França e Luxemburgo. Característica da escola francesa de órgão, Sibertin-Blanc destacava-se também como exímio improvisador ao final dos concertos, a partir de tema que lhe era oferecido.
Após carreira consolidada na Europa do norte, data de 1960 a sua ida a Portugal, a convite da ilustre gregorianista Júlia d’Almendra, a fim de dirigir, a partir de 1961, a Classe de Órgão do Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa. Cuidou a seguir das cadeiras de Harmonia, Acompanhamento, Improvisação. Versatilidade e competência fizeram-no conduzir, durante períodos variáveis, o ensino de Solfejo, Contraponto, Fuga, Coro, Piano elementar, Leitura e Redução de Partituras. A sua ligação ao país deu-se pois de maneira integral.
Formou gerações de organistas e músicos, que hoje ocupam postos relevantes em Portugal e alhures. Mencionaria, a título de exemplificação, António Duarte, Domingos PeixotoIdalete Giga, João Pedro de Oliveira, João Vaz, Joaquim Simões da Hora, entre tantos outros.A justo título o Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (MPMP) publicou o “Ad memorian – Antoine Sibertin-Blanc” (2016) sob a concepção, organização e traduções de sua dedicada esposa, Leonor de Lucena Sibertin-Blanc. Merecidíssima publicação, que perenizará a memória de um músico que contribuiu de maneira efetiva para o desenvolvimento da arte organística e a divulgação maior da música sacra em Portugal.
Apresentou-se como organista em todo Portugal continental, Açores e Madeira e praticamente todos os órgãos no país tiveram-no como intérprete extraordinário e cuidadoso na preservação do repertório português para o instrumento, sempre incluído em seus programas. 
in MELOTECA, https://www.meloteca.com/
Partituras