- NOTA LITÚRGICA
As sugestões de cânticos que propomos terão como base as Antífonas das três missas propostas no Missal Romano, bem como as Leituras sugeridas no Lecionário Santoral para cada uma dessas missas.
Note-se que para a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, o Missal Romano apresenta três possíveis missas para esta comemoração: Missa I, Missa II, e Missa III. Contudo, no que ao Lecionário diz respeito, para além de serem sugeridos, no Lecionário Santoral, um conjunto de leituras para cada uma das missas, é deixada a possibilidade de se escolherem outras leituras retiradas do Lecionário VIII (no capitulo dedicado ás missas de defuntos).
Do Martirológio Romano: «Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, na qual a Igreja, Mãe piedosa, depois da sua solicitude em celebrar com os devidos louvores todos os seus filhos que se alegram no Céu, quer interceder diante de Deus pelas almas de todos os que nos precederam marcados com o sinal da fé e agora dormem na esperança da ressurreição, bem como por todos os defuntos desde o princípio do mundo cuja fé só Deus conhece, a fim de que, purificados de toda a mancha do pecado, sejam associados aos cidadãos celestes, para poderem gozar da visão da felicidade eterna.»
- NOTA HISTÓRICA
Em 998, Santo Odilo, abade de Cluny, solicita a todos os mosteiros dependentes da sua abadia para celebrarem um ofício no dia seguinte à solenidade de Todos os Santos, pela «memória de todos aqueles que repousam em Cristo». A prática estender-se-á aos outros mosteiros e, depois, às paróquias servidas pelo clero secular. No século XIII-XIV, Roma inscreve a data no calendário da Igreja universal. Desta forma, todos os membros defuntos da comunhão dos santos são evocados sucessivamente: aqueles que chegaram à glória do céu no primeiro de novembro, os outros no dia seguinte. No fim do século XV, os padres dominicanos espanhóis estabelecem o costume de celebrar três missas a 2 de novembro. O papa Bento XIV concede este privilégio aos sacerdotes de Portugal, Espanha e América Latina. Em 1915, Bento XV estende-o a todos os padres. A tradição prossegue até aos dias de hoje.