Domingo IV da Quaresma | Ano B
Antífona de Entrada
Salmo responsorial
Aclamação ao Evangelho
Apresentação dos Dons
Antífona de Comunhão
Pós-Comunhão
Cântico Final
Antífona de Entrada

"Alegra-te, Jerusalém; rejubilai, todos os seus amigos. 
Exultai de alegria, todos vós que participaste no seu luto 
e podereis beber e saciar-vos na abundância das suas consolações."
[cf. Is 66, 10-11]

• Alegra-te, Jerusalém – J. P. Martins (CEC I, p. 91)
• Alegra-te, Jerusalém – M. Carneiro (RBP, p. 38-41)
• Alegra-te, Jerusalém - I – A. M. Seiça (OCL)
• Alegra-te, ó Jerusalém – F. Santos (BML, 32)
• Alegra-te, ó Jerusalém – P. Araújo (OCL)
[Outras Sugestões]
• Alegra-te, Jerusalém – F. Santos (LHC I, p. 453)
Leitura I

[2 Cr 36, 14-16.19-23]
A indignação e a misericórdia do Senhor manifesta-se no exílio e na libertação do povo 
No tempo da Quaresma, a leitura do Antigo Testamento vai referindo os vários passos da história da salvação, para melhor nos fazer compreender como toda ela se encaminha para a Páscoa do Senhor, e como Deus salva os homens vindo ao encontro deles, mesmo nos caminhos por eles tão mal andados. Hoje vemos como os pagãos invadiram a Terra Santa, destruíram o templo e levaram cativo o povo para Babilónia, por este povo ter abandonado o Senhor e imitado as acções abomináveis dos pagãos. Mas, por fim, o próprio rei da Babilónia serviu ao Senhor de instrumento de salvação em favor do seu povo, dando-lhe de novo a liberdade e restituindo-o à terra que lhe havia sido tirada. 

Leitura do Segundo Livro das Crónicas 
Naqueles dias, todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha consagrado para Si em Jerusalém. O Senhor, Deus de seus pais, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros, pois queria poupar o povo e a sua própria morada. Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio, perante a indignação do Senhor contra o seu povo. Os caldeus incendiaram o templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém, lançaram fogo aos seus palácios e destruíram todos os objectos preciosos. O rei dos caldeus deportou para Babilónia todos os que tinham escapado ao fio da espada; e foram escravos deles e de seus filhos, até que se estabeleceu o reino dos persas. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos». No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar, em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: «Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele». 
Palavra do Senhor. 

Salmo responsorial

[Salmo 136 (137), 1-2.3.4-5.6 (R. 6a)]

Se eu me não lembrar de ti, Jerusalém, 
fique presa a minha língua.

Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar, 
com saudades de Sião. 
Nos salgueiros das suas margens, 
dependurámos nossas harpas. 

Aqueles que nos levaram cativos 
queriam ouvir os nossos cânticos 
e os nossos opressores uma canção de alegria: 
«Cantai-nos um cântico de Sião». 

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor 
em terra estrangeira? 
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, 
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar, 
se não me lembrar de ti, 
se não fizer de Jerusalém 
a maior das minhas alegrias.
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• Se eu de ti me não lembrar, Jerusalém – M. Luís (SRML, p. 196-197)
• Se eu de ti me não lembrar, Jerusalém – Az. Oliveira (SRAO B, p. 50-51)
• Se eu de ti me não lembrar, Jerusalém – M. Carneiro (SRMC B, p. 40-41)
• Se eu de ti me não lembrar, Jerusalém – Ar. Oliveira (IAC, p. 487)
• Se eu de ti me não lembrar, Jerusalém – B. Terreiro (SRBT)
Leitura II

[Ef 2, 4-10]
Mortos por causa dos nossos pecados, salvos pela graça 
A leitura estabelece o contraste entre a situação de morte em que estávamos por causa das nossas faltas e a salvação que Deus nos oferece em Cristo Jesus. O Mistério Pascal que Jesus realizou passando, pela morte, à vida eterna, vivêmo-lo agora nós, que somos membros de Cristo e com Ele morremos, com Ele ressuscitámos, com Ele subimos para junto do Pai. 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios 
Irmãos: Deus, que é rico em misericórdia, pela grande caridade com que nos amou, a nós, que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, restituiu-nos à vida com Cristo – é pela graça que fostes salvos – e com Ele nos ressuscitou e com Ele nos fez sentar nos Céus. Assim quis mostrar aos séculos futuros a abundante riqueza da sua graça e da sua bondade para connosco, em Jesus Cristo. De facto, é pela graça que fostes salvos, por meio da fé. A salvação não vem de vós: é dom de Deus. Não se deve às obras: ninguém se pode gloriar. Na verdade, nós somos obra de Deus, criados em Jesus Cristo, em vista das boas obras que Deus de antemão preparou, como caminho que devemos seguir. 
Palavra do Senhor. 
 

Aclamação ao Evangelho
V/ Deus amou tanto o mundo 
que lhe deu o seu Filho Unigénito; 
quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Evangelho

[Jo 3, 14-21]
«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele» 
A partir deste IV Domingo as leituras do Evangelho são tiradas de S. João, tanto ao domingo como de semana. Hoje ela fala-nos da futura glorificação de Jesus pela Cruz e Ressurreição. É este o próprio movimento do Mistério Pascal, primeiro em Jesus, depois nos cristãos pela morte à vida, pela Cruz à glória. A Quaresma é também o tempo apropriado para entendermos melhor este caminho providencial de salvação, para depois celebrarmos a Páscoa com mais fé, em acção de graças a Deus e ao Senhor Jesus Cristo. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus. 
Palavra da salvação. 

Apresentação dos Dons
• Acreditamos em Vós, ó Cristo – F. Santos (BML, 83)
• Ele suportou os nossos pecados – M. Luís (CN, 396)
• Em vós, Senhor, está a fonte da vida – Az. Oliveira (CPE, p. 153 | IC, p. 436 | NRMS, 67, 143)
• Em Vós, Senhor, está a fonte da vida – A. Cartageno (ENPL, XIII)
• Em Vós, Senhor, está a fonte da vida – Ar. Oliveira
• Jerusalém, cidade santa – J. Santos (IC, p. 459 | NRMS, 49)
• Nós somos obra de Deus – J. Santos (LHC II, p. 362)
• Nós somos obra de Deus – F. Santos (CP I)
Antífona de Comunhão

[Quando se lê o outro evangelho (Jo 3, 14-21)] 
Jerusalém, cidade de Deus, 
para ti sobem as tribos do Senhor, 
para celebrar o seu santo nome.

• Jerusalém, cidade de Deus – C. Silva (NCT, 344 | OC, p. 141)
• Jerusalém, cidade de Deus – Ar. Oliveira (IAC, p. 288)

[Outras Sugestões]


• Aproximai-vos do Senhor – F. Santos (BML, 84)
• Aproximai-vos do Senhor – F. Santos (CEC II, p. 18-19 | ENPL, XIII | NCT, 383)
• Aproximai-vos do Senhor – F. Silva (CEC II, p. 19-20 | ENPL, XI | NCT, p. 375 | NRMS, 115)
• Deus amou de tal modo o mundo – Ar. Oliveira (IAC, p. 160)
• Deus amou de tal modo o mundo – M. Luís (CAC, p. 386-387 | CEC II, p. 34-35 | CN, p. 351)
• Deus amou de tal modo o mundo - II – F. Valente (BML, 141-142)
Pós-Comunhão
• Aproximai-vos do Senhor – F. Santos (CEC II, p. 18-19 | ENPL, XIII | NCT, 383)
• Aproximai-vos do Senhor – F. Silva (CEC II, p. 19-20 | ENPL, XI | NCT, p. 375 | NRMS, 115)
• Aproximai-vos do Senhor – F. Santos (BML, 84)
• Jerusalém, cidade santa – J. Santos (IC, p. 459 | NRMS, 49)
• Jesus Cristo amou-nos – F. Santos (LHC II, p. 468 | NCT, 511)
• Jesus Cristo amou-nos – M. Luís (CAC, p. 203 | CEC I, p. 135 | CN, 553)
• Jesus Cristo amou-nos – Az. Oliveira (LHC II, p. 459-460)
• Jesus Cristo amou-nos - II – F. Santos (LHTP-FS, p. 23)
• Nós somos obra de Deus – J. Santos (LHC II, p. 362)
• Nós somos obra de Deus – F. Santos (CP I)
• Quem ama o Senhor, ama a verdade – J. P. Martins (CPD, 447 | CN, 848)
• Senhor, tu és a luz – Az. Oliveira (CEC II, p. 182 | IC, p. 566-567 | NCT, 273 | NRMS, 6-II | CN, 917)
Cântico Final
• Da morte e do pecado – J. Santos (IC, p. 208-209 | NCT, 116 | NRMS, 29)
• Jesus Cristo amou-nos – M. Luís (CAC, p. 203 | CEC I, p. 135 | CN, 553)
• Jesus Cristo amou-nos – Az. Oliveira (LHC II, p. 459-460)
• Jesus Cristo amou-nos – F. Santos (LHC II, p. 468 | NCT, 511)
• Jesus Cristo amou-nos - II – F. Santos (LHTP-FS, p. 23)
• Olhai, Senhor, a noite – V. Pereira (ELC)
• Olhai, Senhor, a noite – F. Santos (CP I, p. 245 | CN, 765)
• Olhai, Senhor, a noite – Ar. Oliveira

Nota 1: Sendo o Tempo de Quaresma, o tempo privilegiado do silêncio, é uma possibilidade invés de se cantar o cântico final, fazer-se a saída em silêncio. 

Nota 2: Outra possibilidade para o final é o uso da Antífona mariana para o tempo da Quaresma, Ave Regina Caelorum:

• Ave, Regina caelorum – C. Gregroriano (NCT | CN, p. 232)
• Deus vos salve, Rainha dos Céus – F. Santos (BML, 75-76 | NCT, 408)
[BML] Boletim de Música Litúrgica, Serviço Diocesano de Música Litúrgica, Porto.
[CAC] Pe. Manuel Luís - Cânticos da Assembleia Cristã, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2006.
[CEC I] Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. 1, 3.ª ed, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2007.
[CEC II] Cânticos de Entrada e Comunhão, vol. 2, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 1999.
[CN] Cantoral Nacional para Liturgia, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2019..
[CP I] Con. António Ferreira dos Santos - Canto Perene, vol. 1, Secretariado Diocesano de Liturgia, Porto, 2003.
[CPD] Canta Povo de Deus, 5ª Edição, Santuário de Fátima, 2008.
[CPE] Cânticos para as Exéquias, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2008.
[ELC] Vitor Pereira (arranjos de José Joaquim Ribeiro) - Esta Luz de Cristo, Cânticos para a Liturgia, Paulinas Editora.
[ENPL] Guiões dos Encontros Nacionais de Pastoral Litúrgica, Fátima.
[IAC] Pe. Artur Oliveira - In Aeternum Cantabo, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2021.
[IC] A Igreja Canta, 2.ª ed, Comissão Bracarense de Música Sacra, 2005.
[LHC I] Liturgia das Horas: Edição para Canto, vol. 1, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 1997.
[LHC II] Liturgia das Horas: Edição para Canto, vol. 2, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2003.
[LHTP-FS] Con. António Ferreira dos Santos - Liturgia das Horas: Tempo Pascal, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2012.
[NCT] Novo Cantemos Todos, Editorial Missões, Cucujães,1990.
[NRMS] Nova Revista de Música Sacra, Comissão Bracarense de Música Sacra, Braga.
[OC] Con. Carlos da Silva - Orar Cantando, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2001.
[OCL] Pró-manuscrito , publicado pelo site O Canto na Liturgia.
[RBP] Pe. Miguel Carneiro - Ressuscitou o Bom Pastor, Paulus Editora, Lisboa, 2007.
[SRAO B] Pe. António Azevedo de Oliveira - Salmos Responsoriais: Ano B, Música Sacra, Braga, 1990.
[SRBT] Pe. Bernardo Terreiro - Salmos Responsoriais, Paulus.
[SRMC B] Pe. Miguel Carneiro - Deus fez maravilhas: Salmos Responsoriais – Ano B, Paulus Editora, Lisboa, 2008.
[SRML] Pe. Manuel Luís - Salmos Responsoriais e Aclamações ao Evangelho, Comissão de Liturgia e Música Sacra do Patriarcado de Lisboa, Lisboa, 1997.