Povo de Sião: eis o Senhor que vem salvar os homens.
O Senhor fará ouvir a sua voz majestosa
na alegria dos vossos corações. "
(cf. Is 30, 19.30)
- «Trata-se de um suporte normalmente redondo (às vezes, também se vê com forma linear), revestido de ramos vegetais verdes, sobre o qual se colocam quatro velas, e o conjunto situa-se próximo do altar ou do ambão da Palavra. (...) Estas velas vão-se acendendo gradualmente, nas quatro semanas do Advento. (...) No Natal, pode acrescentar-se uma quinta vela, branca, até ao final do Tempo do Natal.» (Dicionário Elementar de Liturgia)
- «A disposição de quatro velas numa coroa de ramos sempre verdes (...) tornou-se símbolo do Advento nas casas dos cristãos. A coroa de Advento, com o progressivo acender das quatro velas, domingo após domingo, até à solenidade do Natal, é memória das várias etapas da história da salvação antes de Cristo e símbolo da luz profética que, pouco a pouco, iluminava a noite da espera expectante até ao nascimento do Sol de justiça (cf. Ml 3,20; Lc 1,78).» (Directório sobre a Piedade Popular e a Liturgia, n. 98).
Sendo costume fazer-se a Coroa do Advento um pouco por todo o País, deixamos algumas sugestões para o momento em que, em cada domingo, se acende a vela da coroa. Na maioria das paróquias é costume acender-se a vela após o cântico de entrada.
Is 40, 1-5.9-11
«Preparai o caminho do Senhor»
O Senhor anuncia ao Seu Povo, através do profeta, a sua libertação do exílio da Babilónia e o seu regresso ao país dos seus antepassados. Por iniciativa amorosa de Deus, a salvação aproxima-se e torna-se, por isso, necessário que a alegre notícia seja proclamada e todos colaborem, seguindo as instruções divinas e abrindo o caminho, através do qual o povo poderá encontrar a salvação e a paz.
Iguais disposições devem animar todos aqueles que, no Advento, aguardam a vinda de Deus, em Cristo, para nos libertar do pecado e nos reunir na Igreja, a verdadeira Jerusalém, onde Ele habita.
Leitura do Livro de Isaías
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os seus trabalhos e está perdoada a sua culpa, porque recebeu da mão do Senhor duplo castigo por todos os seus pecados. Uma voz clama: «Preparai no deserto o caminho do Senhor, abri na estepe uma estrada para o nosso Deus. Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas. Então se manifestará a glória do Senhor e todo o homem verá a sua magnificência, porque a boca do Senhor falou». Sobe ao alto dum monte, arauto de Sião! Grita com voz forte, arauto de Jerusalém! Levanta sem temor a tua voz e diz às cidades de Judá: «Eis o vosso Deus. O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. Com Ele vem o seu prémio, precede-O a sua recompensa. Como um pastor apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as ovelhas ao seu descanso».
Palavra do Senhor.
Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
Mostrai-nos o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra.
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.
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2 Pedro 3, 8-14
«Esperamos os novos céus e a nova terra»
Deus executa pela Incarnação, os Seus desígnios de salvação. No entanto, Deus não pode salvar o homem sem a sua colaboração. Para lhe conceder a filiação divina, espera que o homem lhe dê uma resposta, pela fé e se volte para Ele, pela conversão.
O tempo entre a primeira e a segunda vinda é o tempo da paciência de Deus, em que concede ao homem a possibilidade de compartilhar a vida de Deus.
Vivendo neste mundo destinado à transfiguração da Parusia, o cristão procura viver em comunhão com Deus, pela oração, pela Eucaristia e na santidade de vida, preparando-se, na serena confiança para o Dia do Senhor.
Leitura da Segunda Epístola de São Pedro
Há uma coisa, caríssimos, que não deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não tardará em cumprir a sua promessa, como pensam alguns. Mas usa de paciência para convosco e não quer que ninguém pereça, mas que todos possam arrepender-se. Entretanto, o dia do Senhor virá como um ladrão: nesse dia, os céus desaparecerão com fragor, os elementos dissolver-se-ão nas chamas e a terra será consumida com todas as obras que nela existem. Uma vez que todas as coisas serão assim dissolvidas, como deve ser santa a vossa vida e grande a vossa piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, em que os céus se dissolverão em chamas e os elementos se fundirão no ardor do fogo! Nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça. Portanto, caríssimos, enquanto esperais tudo isto, empenhai-vos, sem pecado nem motivo algum de censura, para que o Senhor vos encontre na paz.
Palavra do Senhor.
Lc 3, 4.6
Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as suas veredas
e toda a criatura verá a salvação de Deus.
Mc 1, 1-8
«Endireitai os caminhos do Senhor»
O cristão não pode fugir para o deserto, alheando-se dos graves problemas do nosso tempo, como a fome, a falta de cultura ou a injustiça, pois Deus deseja que todo o homem seja Seu colaborador na Sua obra da criação, contribuindo, com todas as suas forças para a construção dum mundo melhor. No entanto, o cristão se não quiser atraiçoar a sua missão, tem de manter sempre a espiritualidade do deserto, ensinada pelo Precursor.
«Se os cristãos perdessem o sentido da conversão a Deus, o cristianismo que testemunham, não apresentaria senão o aspecto dum humanismo entre outros e ver-se-ia privado de toda a densidade propriamente religiosa». (Thiery Maertens).
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». Apareceu João Baptista no deserto, a proclamar um baptismo de penitência para remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pêlos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu baptizo-vos na água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo».
Palavra da salvação.
Bar 5, 5; 4, 36
Levanta-te, Jerusalém, sobe às alturas e vê a alegria
que vem do teu Deus.
[Outras Sugestões]