A divina Eucaristia | Santos anjos e arcanjos

Versão da com harmonização de órgão e com os tradicionais “galopes” no fim de cada verso.

Versão da com outra harmonização de órgão e sem os tradicionais “galopes” no fim de cada verso.

MONSENHOR LORENZO PEROSI E O CÂNTICO "SANTOS ANJOS E ARCANJOS" DO PE. JOAQUIM PARENTE

Por ocasião do 7º Centenário da morte de São Francisco de Assis, e do Ano Santo de 1925-1927, Portugal peregrinou a Roma. O cântico do Pe. Joaquim Parente, intitulado “A Divina Eucaristia” mas popularmente conhecido como “Santos Anjos e Arcanjos”, estava na boca do povo pelo menos desde o Congresso Eucarístico de Braga de 1924, e por isso, no programa da peregrinação enviado para Roma, este cântico estava proposto, juntamente com um outro, para determinado momento. Monsenhor Lorenzo Perosi, à data Mestre da Pontifícia Capela Musical Sistina, opta pela “A Divina Eucaristia”, e manifesta o desejo de conhecer o compositor.

Dizem os relatos que a multidão entrou na Basílica de São Pedro a cantar este cântico e que a sua voz se fez ressoar e ouvir. Monsenhor Perosi aproximou-se então, do Pe. Parente, e num ato de generosidade ajoelhou-se beijou-lhe a mão, sendo logo abraçado e levantado pelo presbítero português. Depois de alguma conversa, Perosi convidou o Pe. Parente para dirigir o cântico referido, no dia seguinte, na celebração que seria presidida pelo Papa, então Pio XI. Nessa celebração, no momento definido e sob a direção do Pe. Parente, o povo cantou com grande júbilo o Santos Anjos e Arcanjos. Segundo alguns, teria sido possível ver nos olhos de Pio XI, o próprio Papa comovido. Monsenhor Perosi, em gesto de grande humildade, viria a oferecer ao Pe. Parente a sua batuta e pedindo-lhe, em troca, a dele. Em audiência com os peregrinos, mais tarde, o Santo Padre pediu que de novo fosse entoado o cântico, ao que todos corresponderam entoando com o mesmo júbilo.

Pe. Parente viria a ter uma audiência privada com o Santo Padre, a quem ofereceu um dos três exemplares da partitura do cântico referido, que levara consigo. Oferecera um outro exemplar a Monsenhor Perosi, por quem chega a ser convidado para jantar. E trouxe como recordação, juntamente com a batuta de Perosi, um terceiro exemplar, com “um autógrafo e bênção do Papa” e “assinatura do Mestre da Capela Sixtina”.

Fontes:

1- DA SILVA, Manuel Ferreira; Padre Joaquim Dias Parente. O homem, a obra, a missão, a mensagem. Nos 50 anos da sua morte, 20-X-2007. Manteigas: Edição da Paróquia de Manteigas, 2007

Versão I da mesma harmonização mas com os tradicionais “galopes” no fim de cada verso.

Versão II da mesma harmonização mas sem os tradicionais “galopes” no fim de cada verso.